Depois de duas betas resta-nos agora esperar pelo jogo final, por agora deixamos aqui as nossas primeiras impressões sobre o que vimos do The Division
Nas duas betas do The Division tivemos acesso a três missões da campanha e claro à famosa Dark Zone, e embora muito tivesse bloqueado já deu para perceber o que aí vem.
No titulo da Ubisoft somos colocados numa Nova Iorque varrida por uma epidemia que se propagou no Black Friday através das notas, depois de tudo falhar cabe aos agentes do The Division recuperar a cidade do caos. Ficámos já a conhecer a nossa base ou safe house, um edifício dividido em várias secções de diferentes áreas, Medicina, Tecnologia, etc. Começamos com a safe house num caos mas à medida que vamos activando as diferentes secções as coisas vão ficando compostas, é nestas secções que desbloqueamos as habilidades da área correspondente. Para isso é necessário fazer missões para conseguir recursos, salvar reféns, eliminar grupos inimigos, etc.
Tanto a base como a parte do mapa onde decorre a campanha é exclusivamente nossa, mas os amigos podem nos acompanhar, as missões da campanha podem ser feitas a solo ou cooperativamente com até mais quatro jogadores. O bom é que o grau de dificuldade da missão se ajusta ao nº de jogadores assim como ao seu nível, o que se traduz num maior número de inimigos e mais poderosos, sendo os boss autenticas esponjas de balas.
O conceito de The Division assemelha-se muito ao Destiny, criamos o nosso personagem que vamos evoluindo ao longo do jogo obtendo equipamentos e armas distintas, mas aqui não existem classes de personagem pelo que todos tem a possibilidade de utilizar as mesmas habilidades. Os itens são categorizados pelas cores verde, azul e amarelo, estes últimos os melhores e mais raros, podemos transportar três armas ao mesmo tempo, quanto aos equipamentos há seis espaços para preencher , colete, máscara, luvas, etc … ou seja há muita coisa para personalizar, e cada item tem ainda mais opções de personalização.
A jogabilidade está funcional, o sistema de cobertura é eficiente sendo semelhante ao de Watch Dogs, basta apontar o local para lá ir ter sozinho enquanto seguramos o botão. As granadas são estratégicas já que primeiro precisamos de apontar surgindo um circulo a indicar o raio da explosão e o mesmo acontece quando somos nós a levar com granadas, as habilidades estão disponíveis nos gatilhos podendo estar equipadas duas de cada vez.
Uma das partes mais interessantes do The Division é a Dark Zone, é uma parte da cidade completamente isolada onde o vírus atacou com mais força. É aqui que encontramos melhores itens mas também inimigos mais poderosos e outros agentes que podem apenas estar à espera do momento certo para nos abater e roubar o nosso espólio.
O que torna a Dark Zone empolgante é nunca sabermos o que nos espera, quando encontramos outros jogadores pelo caminho não sabemos se nos vão ignorar ou até fingir-se amistosos para na oportunidade certa nos matar pelas costas e roubar tudo o que conseguimos, por isso aqui a regra de ouro é nunca confiar em ninguém. Claro que nem todos tem más intenções, por várias vezes juntei-me ou juntaram-se a mim outros agentes para eliminar grupos de inimigos e no final cada um seguiu o seu caminho.
Mas mesmo no meio deste mundo sem lei continua a haver algum sentido se justiça, quem elimina outro agente ganha o estatuto de Rogue, sendo sinalizado com uma caveira por cima da cabeça e no mapa de agentes que se encontrem por perto. Há uma contagem decrescente para perder este estatuto mas quanto mais agentes matar mais tempo se ganha. Os Rogues são alvos apetecíveis pois quem os mata não é penalizado, aliás ganha reputação extra e pode ainda ficar com os espólios deles, espólios esses que provavelmente já tinham sido roubados a outro agente.
Todo o loot conseguido na Dark Zone está contaminado e a única forma de ficar com ele é extraindo-o de helicóptero, para isso há alguns sítios específicos no mapa. Quando alguém pede uma extracção lança um foguete sinalizador e todos os outros jogadores são notificados. Quem fez o pedido tem pelo menos de esperar 90 longos segundos e quando a corda é finalmente estendida do helicóptero temos de prender o nosso saco o que demora alguns segundos, nesse período de tempo em que estamos indefesos jogadores oportunistas podem matar-nos e prender eles o saco ficando com o nosso loot.
Já tinha referido que The Division é semelhante ao Destiny, pois receio que venha a sofrer de alguns dos seus problemas, principalmente a repetição. Terminada a campanha para continuar a progredir será necessário repetir as mesmas missões e aventurar-nos na Dark Zone, e mesmo aqui os inimigos são sempre os mesmos nos mesmos locais, mas claro ainda é cedo para dizer o quanto o jogo conseguirá segurar os jogadores. Seja em que parte for preparem-se para correr muito pelas ruas de Nova Iorque, faz falta algum tipo de transporte ou mais opções de viagem rápida.
Nos últimos dias muito se tem falado num downgrade gráfico, e os jogadores não esqueceram o que a Ubisoft fez com Watch Dogs, é verdade que os primeiros vídeos mostravam uma melhor cara do que o que testámos mas não se pode dizer que o jogo esteja mau a este nível pelo contrário. O nível de detalhe é incrível a começar pela recriação extremamente fiel de Nova Iorque. Como jogamos sempre na terceira pessoa temos uma melhor percepção do que nos rodeia, e esta Nova Iorque de The Division está cheia de pormenores que merecem ser vistos, desde pequenos autocolantes ou o que resta deles colados em superfícies ou a neve a cair das árvores por exemplo. Temos a transição entre dia e noite e do estado do tempo, por vezes cai um nevão tão forte que perdemos a visibilidade quase por completo, a única forma de ver os inimigos é se estivessem marcados.
As betas deixaram uma impressão muito positiva sobre o que está para vir mas é preciso esperar pelo jogo completo para se tirar verdadeiras conclusões.
The Division chega à Xbox One, PlayStation 4 e PC a 8 de Março.
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