Assassin’s Creed 3 – Análise

Assassin’s Creed 3 passa-se em vários períodos da história, desde 1754 a 1763 quando os Franceses entraram em conflito com as tribos indígenas enquanto disputavam contra os colonizadores Ingleses, por toda a Revolução Americana, e ainda nos tempos actuais. Mas o jogo foca-se sobretudo na luta dos norte-americanos pela independência.

Inicialmente começa-se nos dias de hoje com Desmond Miles, ele e a sua equipa acamparam num antigo templo na esperança de encontrar uma forma de abrir um portal gigante que tem as respostas para os mistérios dos séculos passados.

Desmond tem uma grande importância e nunca teve tanto destaque na série como em Assassin’s Creed 3, iremos vê-lo em acção, é óbvio que as suas missões serão diferentes das de Connor, afinal ele vive no presente mas mesmo assim a mecânica de jogo é semelhante.

Apesar das missões exclusivas e da importância vital que Desmond tem no jogo a maior parte da acção vai decorrer com Connor que irá ter uma grande importância na luta pela independência da América do Norte.

Connor, Ratohnhaké:ton para a família, é Descendente de nativos Americanos e ainda dos colonizadores ingleses, contra quem vai lutar, iremos acompanhar Connor não só na sua luta contra os colonizadores Ingleses mas também na sua adolescência e até infância.

Um dos elementos com grande importância no jogo é o próprio meio envolvente. Ao longo do jogo iremos passar por cidades e vilas e ainda pelas zonas selvagens constituídas por zonas florestais e rochosas. Mas para além de terra temos ainda o mar, teremos a possibilidade de navegar ao longo da costa para entrar em batalhas marítimas, uma das grandes novidades de Assassin’s Creed 3.

Todos os ambientes estão muito bem detalhados tendo estes grande qualidade como podem ver pelas imagens, para ajudar a dar mais realismo nas Vilas e Cidades enquanto caminhamos pelas ruas podemos assistir às pessoas no seu dia-a-dia,  já nas zonas selvagens não há pessoas mas animais que não gostam de ser perturbados, são pequenos detalhes que ajudam a dar ainda mais credibilidade aos cenários.

O ambiente irá afectar directamente a jogabilidade, para qualquer um dos cenários do jogo podemos ter diferentes estações, horas e condições atmosféricas, quando o chão está coberto de neve Connor tem mais dificuldade em movimentar-se, os seus pés vão-se enterrando na neve à medida que caminha tornando a deslocação mais lenta.

Existe agora um maior número de animações, para além daquelas para a navegação nas zonas selvagens existem muitas novas animações de execuções, incluído da execuções de contexto, que são aquelas em que utilizamos o meio envolvente para dar o golpe final no inimigo.

Para além de novas animações temos novas armas, para além das já conhecidas como as lâminas escondidas temos o tomahawk, que é um pequeno machado, há armas de fogo e até uma corda que tem uma lamina na ponta e que nos permite enforcar os inimigos do topo de uma árvore, para caçar o melhor mesmo é utilizar o arco.

Uma melhoria a nível do combate é podermos utilizar o inimigo como escudo humano e assim protegermo-nos dos ataques, principalmente dos tiros, temos ainda a capacidade de desarmar o inimigo e utilizar depois a sua arma contra ele.

Tal como podem ver nos vídeos Connor tem uma grande agilidade, a sua capacidade de movimentação tanto nos meios urbanos como selvagens é espantosa e não há obstáculo que não consiga superar.

Muitas das missões não vão por a nossa habilidade à prova mas sim a nossa paciência, por exemplo termos de chegar a um determinado objectivo sem sermos descobertos, basta sermos vistos para perder imediatamente o jogo.

Mas as coisas nem sempre são assim, nalgumas missões é preciso seguirmos os objectivos a uma certa distancia para por exemplo escutar a sua conversa, podemos facilmente utilizar o meio para não sermos descobertos, ou misturando-nos entre a multidão, escondermo-nos em carroças, no meio da palha, por entre as ervas, etc.

Para além das missões principais existe as uma imensidade de actividades secundárias que podemos fazer, uma das principais é a caça, o objectivo é recolher animais para depois puder vender a sua  pele e carne, o truque é que quanto mais subtil for a caçada mais se vai conseguir aproveitar do animal logo mais dinheiro se vai arrecadar, mais uma forma de sermos furtivos e conseguir matar com um golpe certeiro.

Até damas podemos jogar, existe um grande número de mini-jogos para passar o tempo e ganhar dinheiro. Para além disso podemos recrutar indígenas para viver perto da Homestad, é um terreno que se pode expandir e povoar, os habitantes podem produzir materiais que podem tentar vender nas rotas de comércio. Dá ainda para coleccionar objectos, entregar cartas, conquistar fortes, descobrir tesouros, evitar execuções, ajudar civis, desenvolver a irmandade de assassinos e uma das melhores coisas, participar nas batalhas navais.

As batalhas navais são uma das principais novidades de Assassin’s Creed 3, aqui poderemos comandar um barco ao mesmo tempo que fazemos pontaria às embarcações inimigas. No final até se torna fácil controlar o navio evitando que ele embata contra as rochas ao mesmo tempo que se apontam os canhões às embarcações inglesas, mas nunca deixa de ser um desafio. Um bom destino para o dinheiro que ganhamos é investir na nossa embarcação, podemos melhorar o leme, colocar canhões adicionais, ou mesmo um ariete de metal que irá tornar mais mortíferas as investidas do navio.

Esta é uma das partes mais divertidas do jogo e promete por os jogadores bastante tempo à procura de tesouros e a afundar navios inimigos.

Tal como nas versões anteriores aqui podemos contar com o modo multijogador a principal novidade está no Wolf-Pack, aqui os jogadores vão cooperar entre si, consiste num grupo de 2 a 4 jogadores que terão de eliminar certos objectivos o mais rapidamente possível pois existe um limite de tempo para o fazer.

Infelizmente nada é perfeito e Assassin’s Creed 3 não é excepção, existem alguns problemas e bugs que não destroem a experiência de jogo mas que se tornam incomodativos. As texturas foram melhoradas mas por vezes existem problemas com as mesmas, uma coisa que pode acontecer é na floresta ficarmos presos a alguma coisa ou mesmo cairmos no nada tendo de se reiniciar o jogo.  Provavelmente na versão para PC já estarão resolvidos vários problemas e nos próximos tempos deverão ser lançadas patches com o intuito de os corrigir ou pelo menos atenuá-los.

Uma vez que este é o fim da trilogia  pelo menos para Desmond Miles, convém ter conhecimento prévio dos acontecimentos anteriores para se desfrutar ainda mais do jogo pelo que se aconselha a jogar os jogos anteriores da série.

Assassin’s Creed 3 é considerado o melhor da série, isto porque aproveitou tudo aquilo de bom que os títulos anteriores tinham e adicionou novidades que fazem dele o melhor, mesmo não sendo perfeito é aquilo que os fãs queriam, a Ubisoft conseguiu cumprir a promessa de que este seria o maior e mais detalhado da série.